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Liv Kristine está de volta aos palcos em alguns dias e assim como fizemos no Empire ano passado antes do MFVF, queríamos entrar em contato com ela para falar de tudo um pouco, para saber como se sente, em que está trabalhando e para conversar sobre outros pontos importantes. Longe da típica entrevista de rotina, como muitos artistas fazem em determinados momentos de sua carreira, Liv nos recebe com amor e atenção que ela sempre nos deu. Eu tenho que dizer que conheço Liv há muitos anos e a nossa relação vai além de jornalista/fã-artista e ao longo do tempo nos tornamos amigos, assim Liv sempre conta suas novidades para o Empire.
No entanto, não é exagero dizer que essa é a entrevista mais gostosa que já fiz com ela, onde ela responde tudo o que os fãs precisam saber e com duas fotos totalmente inéditas de seu photoshoot com Stefan Heilemann. Sem mais delongas…

Por Marc Gutiérrez
Tradução: Doni Martins (https://www.facebook.com/SymphoniesLivKristine)

EMPIRE MAGAZINE (EM): Faz um ano desde a nossa última entrevista, antes de tudo, queria perguntar como você se sente agora. Existe calma após a tempestade?
LIV KRISTINE (LK):
Sim, sou muito agradecida a todos os meus amigos e familiares da Noruega e Alemanha, e a todos os fãs e fan clubs de todo o mundo por todo o amor e apoio que me deram nesse momento extremamente difícil. Houve uma crise em minha vida perdendo o Leaves’Eyes, minha vida privada tomou outra direção, mas, depois de cada crise vem a liberdade, oportunidades e o alivio. Atualmente estou feliz e mais forte do que nunca, e se isso não bastasse, estou pronta para o meu próximo álbum solo.

EM: Eu acho que não foi fácil reorganizar toda a sua vida depois da sua saída do Leaves’ Eyes…
LK:
A saída repentina da minha banda me machucou imensamente. Especialmente por que o conceito do Leaves’ Eyes está principalmente nas minhas raízes, em muitos aspectos do meu passado, do meu lugar de nascimento, da natureza da Noruega e da mitologia Viking. Quando leio minhas letras sinto uma conexão mágica e profunda. A música era perfeita para intensificar a mensagem que queria dar aos fãs. Eu adoraria manter o nome da banda comigo. Espero que todos se lembrem de “King of Kings”, “Lovelorn” e todos os álbuns por sua magia, estética e a criatividade artística que Leaves’Eyes representa.

EM: Em dezembro, Liv Kristine volta aos palcos após mais de um ano de inatividade. Como você se sente? Nervosa?
LK:
Não, nunca estou nervosa por que o palco é como minha casa. Os shows em Lisboa e Madrid significam muito para mim e a minha banda solo me apoia em tudo o que eu faço, apesar de que a gente não se vê há quase um ano. O concerto de Nagold será complementarmente diferente.

EM: Em dezembro você vai se apresentar no Madrid is the Dark, em Madrid, que é um dos melhores festivais de Doom na Europa e esse show será o primeiro que você vai cantar em solo na Espanha. Como se sente em relação ao evento?
LK:
Estou muito feliz que os organizadores confiaram em mim. Vou estrear o setlist, tocando músicas do Theatre of Tragedy e algumas de minhas músicas solo. Tenho vontade de ver o pessoal do Tiamat novamente, faz um tempo que nós não nos vemos.

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EM: Por outro lado, você também estará em Lisboa, onde o Lacuna Coil também vai se apresentar. Em sua primeira visita à Barcelona com Theatre of Tragedy, vocês tiveram Lacuna Coil como banda suporte (além de Beseech). O que você se lembra daquela turnê? Como é a sua relação com Cristina Scabbia?
LK:
Eu não vejo Cristina há muito tempo! Será ótimo falar de coisas de meninas bebendo várias taças de vinho…ou talvez três (risos). Para mim Cristina é uma das mulheres mais bonitas do Metal e Lacuna Coil é uma das poucas bandas que não expulsaram sua vocalista.

EM: Nagold terá um concerto chamado «Once in a lifetime» (Uma vez na vida) e será diferente, mas você pode explicar aos seus fãs exatamente no que ele vai consistir? E em relação ao setlist?
LK:
Será um concerto acústico e no palco estará comigo Micki Richter (da minha banda solo) nas cordas, Elvya no Dulcimer e Mike, um moço de Nagold, na percussão. No setlist, haverá músicas que quero cantar a muito tempo, como “The Bonny Swans” (Loreena McKennith), “She Moved through the Fair” (Moya Brennan) o “Nightshade” (Leaves’ Eyes), e algumas de minhas canções solo. Será um concerto muito íntimo e emocionante e haverá um Meet and Greet com todo mundo.

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EM: Agora quero perguntar sobre o seu novo álbum, por que na semana passada, vi você postar algumas fotos de seu photoshoot com Stefan Heilemann. Eu entendo que essas fotos são para o seu novo álbum. Estou certo?
LK:
Sim, são fotos promocionais para o meu novo álbum solo. Stefan é meu fotógrafo favorito e em breve haverá novas fotos, já que minha imagem mudou muito no último ano. Stefan sempre se preocupa em como procurar, e, encontrar o momento especial com sua câmera, e ele também me conhece bem. Ele sabe perfeitamente o que quero mostrar e refletir, ou seja, eu mesma.

EM: Tem uma data agendada para o lançamento do novo álbum?
LK:
A música foi composta na Noruega e em Berlim. Agora é minha vez de terminar as linhas vocais e as letras. Será lançado em 2018.

EM: Qual linha musical vai seguir seu novo álbum?
LK:
Seguirá a mesma linha de “Vervain”. Metal puro com alma e emoções profundas. Minhas letras dizem muito sobre a vida que vivi nestes dois últimos anos.

EM: As últimas notícias sobre este trabalho foram que Tommy Olson iria compor a música e que Raymond seria um convidado especial. Quais as informações sobre as colaborações no álbum? Algum outro convidado especial?
LK:
Tommy compôs várias das músicas no álbum, mas Raymond deixou o negócio da música. Haverá alguns outros convidados que serão confirmados em breve.

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EM: Algumas pessoas ainda sonham e me perguntam se uma reunião do Theatre of Tragedy é possível, mesmo que seja apenas para alguns shows. Você gostaria de fazê-los ou os consideraria para esse momento da sua vida?
LK:
Ultimamente entrei em contato com os membros do Theatre of Tragedy. Falamos sobre o que aconteceu e conversamos abertamente sobre as decisões que foram tomadas e que levaram à separação. Tudo está perdoado, por ambas as partes. Eu vou me encontrar com os meninos em dezembro. Ainda não há nada planejado.

EM: Como você sabe, estou em contato com seus fãs de todo o mundo e Liv Kristine Fans Assembly quer saber se você planeja gravar o concerto de Nagold e lançá-lo, talvez através de uma campanha de crowdfunding…
LK:
Muito obrigada! Você é um suporte imenso para mim e eu realmente aprecio o trabalho que você faz. Ainda não tenho certeza, mas eu adoraria gravar esse concerto se fosse economicamente possível.

EM: E, por outro lado, eles querem saber se você pretende escrever um livro, com suas letras e as histórias de suas músicas e parece que você tem muito para contar…
LK:
Eu vou, com certeza. Tenho uma história de cerca de trinta anos para contar.

EM: The Sirens é um capítulo fechado, mas existe a possibilidade de realizar um projeto semelhante com outros artistas como Tarja Turunen, que é muito sua amiga ou com sua irmã Carmen?
LK:
Tive um momento maravilhoso com The Sirens! Espero que no futuro, eu possa realizar projetos com Tarja. Ela é uma mulher maravilhosa com uma voz única e estamos em contato contínuo. Em duas semanas começarão as gravações com Midnattsol.

EM: Você é um membro oficial da Midnattsol ou apenas um convidado especial?
LK:
Apenas um convidado especial.

EM: Gostaria de encerrar a entrevista perguntando, qual o seu maior desejo para 2018?
LK:
Apaixonar-me novamente.