VERSIÓN EN ESPAÑOL: http://empirezone.es/2017/11/09/entrevista-con-patricia-andrade-sinistro-version-en-espanol/
Sinistro é uma banda especial, musicalmente diferente das demais, e Patrícia Andrade, a sua líder e vocalista, uma mulher que cativa. Não era a primeira vez que estavam em Barcelona e já que estamos apaixonados por eles desde o primeiro momento, a ocasião era de ouro para nos sentarmos com eles e fazer uma sessão de fotos exclusivamente para vocês.
Por Irene Serrano (www.ireneserranophotography.com)
EMPIRE MAGAZINE (EM): Antes de tudo, muito obrigado por dedicarem algum do vosso tempo a esta entrevista com a Empire Zone Magazine. É um prazer poder contar com vocês antes deste concerto e poder ter a Patrícia e o resto da banda Sinistro diante da mina camara.
PATRICIA ANDRADE (PA): Muito obrigada nós Irene pelo interesse em entrevistar e fotografar Sinistro.
EM. Sinistro é uma banda portuguesa que está a começar a ter certa repercussão dentro da cena musical e tudo isso em muito pouco tempo. Têm contado com vocês em numerosos festivais europeus no último ano. Pudemos assistir aos vossos concertos no Grasspop Metal Meeting na Bélgica e no Damnation Fest de Leeds. Como se sentem com este acolhimento? Como é a reação do público quando os vê pela primeira vez?
PA. Temo-nos sentido muito lisonjeados pela forma como a banda tem sido recebida, tanto pelo público como pela imprensa. A reacção tem sido muito boa de um modo geral. Somos uma banda recente, estamos a apresentar-nos ao público e as reacções têm sido muito positivas, até em alguns casos bastante emotivas. Há pessoas que referem a língua.Ainda que não entendam sentem, passa a mensagem. Isso é muito gratificante.
EM. Actualmente têm 2 LPs editados, “Sinistro” e “Semente” para além do disco “Cidade” que foi realmente a carta de apresentação da Patrícia. Esperamos ansiosamente que “Sangue Cassia” veja a luz do dia. Que diferenças há entre “Semente” e o novo disco que sairá em 2018? Que expectativas têm?
PA. “Sangue Cássia” vai sair a 5 de Janeiro. Já estão dois singles disponiveis, “Pétalas” e “ Lótus”. Digamos que o próximo álbum dá continuidade ao trabalho feito com “Semente”. O processo foi igual mas consideramos que está mais maduro, com momentos mais pesados, guitarras mais pesadas, ambientes mais densos e contrastantes. As expectativas é de continuar a crescer e apresentar o álbum ao vivo com a mesma paixão e dedicação que temos feito até à data e que sejamos recebidos pelo público de uma forma tão calorosa como tem sido com “Semente”.
EM. Sinistro é uma banda relativamente jovem, mas entre os seus músicos há um amplo historial e bagagem musicais. Como surgiu Sinistro? Podem explicar um pouco aos nossos leitores como tudo começou.
PA. Sinistro começou num dia de Agosto de 2011 em que o Rick e o Fernando Matias estavam no estúdio e tiveram a ideia de começar a compor, criar sem um estilo ou caminho planeado. Foi espontaneo. Cerca de 1 ano depois surge o primeiro disco “Sinistro”. Na altura, a ideia era ser uma banda de estúdio, não tocar ao vivo.
EM. Patrícia Andrade entrou a partir de “Semente” e temos a dizer que foi uma grandíssima adição à banda, as suas performances em cima do palco são brutais e transmitem bastante ao espectador. Sabemos que a Patrícia é também actriz e isso nota-se na sua forma de expressar e em cada tema da banda. Porque decidiram incorporar a Patrícia na banda?
PA. Devia ser alguém a responder que não a Patrícia. Vai ser uma resposta tendenciosa (risos). Muito obrigada Irene.
Com o EP “Cidade” a colaboração correu muito bem. Mais uma vez, como tudo em Sinistro relativo à composição, foi espontâneo. O Paulo, o Rick e o Fernando gostaram do resultado final, eu igualmente. Estabeleceu-se uma comunicação muito particular, com muita liberdade, sem restrições. Fazia sentido continuar ainda que não soubéssemos o que iria acontecer a seguir, qual o caminho. Esse caminho começou a delinear-se a partir do momento em que surge a possibilidade de Sinistro não ser só uma banda de estúdio. Os objectivos foram crescendo e a entrada do Ricardo Matias foi importante como mais um elemento criativo na composição e para o que se segue: tocar ao vivo.
Mais uma vez, as coisas foram acontecendo sem grandes planos. Sentiamo-nos bem a criar e quisemos dar continuidade a isso.
EM. Finalmente, tivemos a oportunidade de assistir a Sinistro em Barcelona como parte do tour de Paradise Lost, a qual foi uma oportunidade de Ouro para se fazerem conhecer também no resto da Europa. Como tem sido a reacção do público durante este tour?
PA. A tour com Paradise Lost tem sido muito importante para Sinistro. Pelo privilégio que é estar a tocar todas as noites com uma banda de referência, emblemática e que, sem dúvida, nos tem aberto portas para nos darmos a conhecer a novos públicos. As pessoas vêm ter connosco dizendo que não nos conheciam, não faziam ideia do que vinham ver e felicitam-nos pela música, pela performance ao vivo, pelo todo. Por isso, tem sido uma reacção muito calorosa, muito positiva.
EM. Portugal nunca foi um país exportador de bandas de Metal, acreditam que o facto de os vossos conterrâneos “Moonspell” serem uma das bandas mais reconhecidas no panorama metal, os está a ajudar a captar a atenção do resto da Europa?
PA. Os “Moonspell” foram os pioneiros em levar o metal português além fronteiras. O público ficou de alguma forma mais desperto para o que se passa em território português.E são sem dúvida, um exemplo a seguir pela persistência, tenacidade e longevidade. Nesse ponto de vista, podemos considerar que sim.
No entanto, o facto de estarmos numa editora estrangeira como a Season of Mist, estar a tocar ao vivo, tudo isso é elementar para captar a atenção da Europa. Tocar ao vivo é muito importante. As pessoas precisam de ver materializado o que ouvem.
EM. Em 2018 editarão “Sangue Cassia” através de Season of Mist, o vosso segundo trabalho com o selo francês. O facto de estarem com um selo especializado deu-vos a liberdade que queriam para editar o vosso trabalho?
PA. Sim. Não nos sentimos condicionados. Essa liberdade é fundamental.
EM. No próximo mês de Abril, estarão presentes no Inferno Festival de Oslo juntamente com bandas como Emperor, Satyricon, Katatonia ou Dark Funeral, como se sentem formando parte de um dos maiores line-ups da Europa?
PA. Muito honrados por estar, uma vez mais em palco com bandas de referência.
EM. Têm pensada fazer alguma digressão para a apresentação do novo álbum? Esperamos que nas datas dessa digressão se inclua alguma cidade Espanhola para os podermos ver novamente.
PA. Para já ainda não. Mas esperemos que aconteça. O passo seguinte é tocar as novas músicas ao vivo, por isso estamos ansiosos por esse momento. E claro que sim, que possamos em Espanha!
EM. Muito obrigado pelo vosso tempo e antes de terminar, gostaríamos que dirigissem algumas palavras a todos os vosso seguidores Espanhóis.
PA. Muito obrigada Irene, foi um prazer. Vemo-nos em breve, com “Sangue Cássia” para mais uma viagem,uma partilha!
Até lá!
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